.:MAIS UMA VEZ, O TAL DO BULLYING:.
Na segunda-feira, fiquei tão puta passada com a história do mamão papaya que acabei não contando um episódio muito triste que aconteceu na escola em que trabalho de manhã.
Depois do recreio, fui buscar meus alunos na fila e logo percebi que algo estava errado. Todos falavam ao mesmo tempo. Uma das alunas, tomou a frente e falou:
- Professora, o Joãozinho sofreu bullying. [ele é gordinho]
Todos continuaram falando ao mesmo tempo, tentando me contar o que tinha acontecido, numa grande agitação. Pelo que pude entender, alguns meninos da outra turma, passaram o recreio xingando, humilhando e ameaçando meu aluno [Ai se você soubesse como eu fico louca da vida quando mexem com um deles...].
Quando olhei para o Joãozinho, vi que ele estava com uma carinha triste, com um choro preso na garganta. Tinha medo nos olhos dele.
Encaminhei alguns alunos que testemunharam o ato e os demais envolvidos (incluindo o Joãozinho) para a diretoria, afinal, os alunos acusados de praticar o bullying não eram da minha turma.
Depois que eles voltaram da diretoria, compartilhei com todos a minha história.
"(...) também sofri bullying na escola numa época em que ninguém achava que isso tinha importância. Tinha apelidos e ouvia sempre o tal do "gorda-baleia-saco-de-areia", entre muitos outros. Não lembro de ser defendida por ninguém. Não lembro de contar aos meus pais que isso acontecia. Meus amigos não me defendiam. Os professores, então ... (...) também acabei me isolando de tudo. Acho que até fiquei meio depressiva." Texto integral aqui.
Falei para eles que eu estava muito orgulhosa da atitude deles. Afinal, eles defenderam o colega sem usar a violência.
Procurei convencer o Joãozinho que, apesar de ter acontecido uma coisa triste, ele deveria guardar o dia como uma lembrança boa porque são nesses momentos que descobrimos que são nossos amigos verdadeiros. No entanto, mesmo com todo meu otimismo, ele não foi a escola no dia seguinte (ontem).
Queria acreditar que a falta dele não está relacionada ao episódio do bullying, mas é difícil se convencer disso.
Quem já sofreu bullying sabe bem o que eu estou falando, não é mesmo?
Depois do recreio, fui buscar meus alunos na fila e logo percebi que algo estava errado. Todos falavam ao mesmo tempo. Uma das alunas, tomou a frente e falou:
- Professora, o Joãozinho sofreu bullying. [ele é gordinho]
Todos continuaram falando ao mesmo tempo, tentando me contar o que tinha acontecido, numa grande agitação. Pelo que pude entender, alguns meninos da outra turma, passaram o recreio xingando, humilhando e ameaçando meu aluno [Ai se você soubesse como eu fico louca da vida quando mexem com um deles...].
Quando olhei para o Joãozinho, vi que ele estava com uma carinha triste, com um choro preso na garganta. Tinha medo nos olhos dele.
Encaminhei alguns alunos que testemunharam o ato e os demais envolvidos (incluindo o Joãozinho) para a diretoria, afinal, os alunos acusados de praticar o bullying não eram da minha turma.
Depois que eles voltaram da diretoria, compartilhei com todos a minha história.
"(...) também sofri bullying na escola numa época em que ninguém achava que isso tinha importância. Tinha apelidos e ouvia sempre o tal do "gorda-baleia-saco-de-areia", entre muitos outros. Não lembro de ser defendida por ninguém. Não lembro de contar aos meus pais que isso acontecia. Meus amigos não me defendiam. Os professores, então ... (...) também acabei me isolando de tudo. Acho que até fiquei meio depressiva." Texto integral aqui.
Falei para eles que eu estava muito orgulhosa da atitude deles. Afinal, eles defenderam o colega sem usar a violência.
Procurei convencer o Joãozinho que, apesar de ter acontecido uma coisa triste, ele deveria guardar o dia como uma lembrança boa porque são nesses momentos que descobrimos que são nossos amigos verdadeiros. No entanto, mesmo com todo meu otimismo, ele não foi a escola no dia seguinte (ontem).
Queria acreditar que a falta dele não está relacionada ao episódio do bullying, mas é difícil se convencer disso.
Quem já sofreu bullying sabe bem o que eu estou falando, não é mesmo?
Comentários
Nossa, se tem uma coisa que me deixa enfurecida é alguém praticando o tal do bullying, como hoje se chama. Meu irmão menor (tem 10 anos, tá na 5a série) é gordinho também, e os colegas deles vivem incomodando!!! Ai, que raiva!! Essas pessoas que cometem bullying nem imaginam o quanto isso atinge a criança.
Imagino que tu tenha ficado muito triste com a história mesmo, ainda mais por já ter passado por isso :/
Ahh e não esquece que hoje sairá o resultado da primeira semana do Desafio Boa Menina!!!! beijinhos!
beijinhos :*, fique tranquila que seu aluno vai ficar otimo.
Muita gente me diz que o professor já está tão assoberbado com tarefas e ainda ter que lidar com bullying, é demais! Mas são atitudes como a sua, que fazem parte do bom senso e da vocação do professor, que podem reverter uma situação tão penosa.
Parabéns!
Vou postar seu artigo no meu site
Valeria Rezende da Silva
O q mais me doe é saber como muitas crianças são preconceituosas ... como cresceram e farão da sociedade um mundo melhor?
Eu sofria por ser negra... pq não ter um cabelo liso e posteriormente por estar acima do peso... a dor não tem explicação...
Parabéns pela atitude!
Bj
Lu
.mechamamdelu.blogspot.com
Muito bom saber que pessoas como vc estão no front desse campo de batalha e se preocupam. Afinal de contas, crescemos sabendo lidar de maneira razoável com esse trauma, mas nunca se sabe o impacto que pode causar! Bjs!
abraçooos
MAS eu ficava MUITO BRAVA quando via algum colega ser chacoteado. Não sei o que havia, mas desde criança sabia que era errado rir dos outros sob qualquer circunstâncias. Então, lembro de ter defendido três ou quatro colegas, em momentos diferentes da vida escolar, de ter ficado entre eles e os que estavam rindo e até dando tapas. Teve caso que eu empurrei menino que ia colocar areia no outro que era perseguido pela classe. Ganhei o apelido de "defensora dos frascos e comprimidos" e escutei isso em momentos diferentes da minha vida: aos 8 anos, aos 12 anos e aos 15, mais ou menos. E sempre me senti feliz por isso porque sabia que estava fazendo a coisa certa. Aos 8 anos, eu lembro muito bem, um outro menino da classe juntou comigo e não deixávamos ninguém incomodar o que era perseguido (um menino estrangeiro, mal falava português, gordinho, tinha problemas com suor, etc), estávamos sempre de olho e protegendo, coisa engraçada. Isso durou até ele mudar de escola. Eu ficava chocada e não entendia porque tanta zoação...
QUE ÓTIMO que os seus alunos defenderam o colega. Se puder, diga a todos eles que eu e mais um monte de gente que comentou aqui, estamos contentes por eles serem tão legais e corretos!
Parabéns pela sua atitude de encaminhar a denúncia e de estimular os outros alunos a defender os colegas.
Beijo
Seus alunos estão de parabéns!
Dê uma passadinha no meu blog: fora20kilosblogspot.com